Trilha Sonora sugerida para o presente capítulo (Cap. 12 – Ser bom: onde está o incentivo?):
Ride On (AC/DC)
http://www.youtube.com/watch?v=wsDpwb3ILxM
http://www.youtube.com/watch?v=wsDpwb3ILxM
CAPÍTULO 12 – SER BOM: ONDE ESTÁ O INCENTIVO?
Escrito entre: 08 de dezembro 2010
Período: 23 de novembro a de dezembro de 2010
Sem sombra de dúvida, a bondade é uma das qualidades mais belas e nobres. Mas ser bom neste mundo é difícil! Não é de se estranhar que existe tanta maldade por parte dos homens! Pela lógica terrestre, para que os nossos projetos tenham êxito e, para que fiquemos empolgados com os mesmos, é importante termos um incentivo. E um incentivo para a bondade (direto, “palpável” e presente), infelizmente, não existe. O único consolo é aquela frase da Bíblia (entre outras), que nos diz que os humilhados serão exaltados (na vida eterna). Mas quase ninguém lembra disso: quem vai querer uma recompensa que nos será dada apenas depois da morte? Existem pessoas que nem mesmo acreditam que existe vida após o falecimento! E aquelas frases “animadoras” do tipo “devemos viver o presente”? Se devemos viver o presente, qual a finalidade de ficar pensando em exaltação após a morte? Não estou, de forma alguma, querendo discordar do que a Bíblia ensina (inclusive, concordo com seus ensinamentos). Mas é quase impossível fazer um ser humano entender que a bondade de hoje será recompensada no futuro... Eu mesmo acabo me esquecendo dessa verdade...
No entanto, existem outras coisas que nos desanimam nesse processo de sempre procurar o caminho do bem, da justiça e da caridade. Apesar daquela “frieza benigna” que citei em capítulos anteriores, confesso que estava me sentindo triste e melancólico nos últimos dias. No entanto, apesar de estar me sentindo péssimo, não foi nada tão traumático, devido à referida frieza. Mas em um determinado momento, finalmente, a voz da consciência me convenceu de que eu deveria voltar para o lado do “bem”: nada de revolta, nada de tristeza. Consequentemente, uma vontade de praticar a bondade invadiu todo o meu ser. Não diria nem vontade, mas sim uma necessidade verdadeira de ajudar as pessoas, uma espécie de satisfação pessoal a serviço do próximo. Inclusive, boas ações que ninguém ficaria sabendo, conforme a Bíblia diz: “que a sua esquerda não saiba o que a sua direita faz”. Então, dessa maneira nobre resolvi proceder e, infelizmente, o que estava ruim, ficou pior ainda.
É quase certeza que existe alguma força ou entidade que fica infeliz quando tomamos o caminho do bem novamente, depois de um período ruim. Não importa se é o “demônio” do qual os cristãos falam, ou os maus espíritos estudados na doutrina espírita ou, até mesmo, algum coisa pertencente ao nosso próprio planeta. A partir do momento em que resolvi me acalmar e ter fé na vida novamente, tudo começou a dar errado: o meu carro teve problemas (a luz da bateria no painel), Lucia me xingou sem nenhum motivo e, logo em seguida, pessoas que nunca haviam me tratado mal procederam dessa maneira, entre outras coisas horríveis. A situação ficou tão gritante que, em determinado momento, pensei comigo mesmo: “Eu estou sendo tentado”. Relato esses fatos sem nenhum tipo de fanatismo, já que tive a comprovação deles: como poderia tudo começar a piorar de uma hora para outra, do nada, sem razão aparente? E aquela ideia de cultivarmos pensamentos positivos para que tudo dê certo, será que é realmente verdade? Não foi o que eu vivenciei nessa situação.
No entanto, apesar de tudo, o mais importante da história foi o fato de não me entregar às vontades dessa “entidade do mal”. Quer me prejudicar? Quer me deixar triste? Quer me deixar doente, largado numa cama? Quer “tirar” mais alguém de mim, assim como você fez com Lucia? Pois faça da maneira que lhe convier, mas não conte com a minha obediência, meu caro! A minha obediência é somente para com Deus! E, dessa forma, permaneço atrelado ao caminho do bem, não importa o que de ruim me acontecer.
É claro que, como ser humano, tenho os meus defeitos. No entanto, nesse caso específico, fiz o que é certo. Mas será que uma pessoa mais amarga e revoltada (muito mais prejudicada do que eu pelas injustiças dessa vida) teria condições de fazer o mesmo? Mesmo que ela resolvesse (a partir da voz da consciência) procurar o caminho do bem e, logo em seguida, fosse “maltratada” por esse motivo, será que não surgiria, em sua mente, aquela idéia de “não adianta ser bonzinho, quem é bonzinho só se dá mal?”. Entenderam porque existem tantas pessoas más nesse mundo? Definitivamente, neste planeta, não existe nenhum incentivo para se praticar o bem. Ainda assim, acredito que devemos continuar insistindo na bondade, por mais que sejamos prejudicados por causa disso.
Na quarta-feira, Cyrinda ligou para me fazer um convite: quinta-feira, na parte da noite, haveria uma queima de fogos para comemorar a chegada do natal, juntamente com a inauguração da casinha do Papai Noel. Essa comemoração aconteceria na Companhia de Força e Luz de Bauru. Carl e Bibi também compareceriam. Na quinta-feira, então, ao término das aulas de informática ministradas por mim, me dirigi para o local da referida festividade. A queima de fogos foi muito bonita, assim como toda a decoração da casa do Papai Noel. Cyrinda aproveitou para anunciar que havia conseguido um emprego. As coisas não poderiam estar melhores. Quando a festividade terminou, fomos tomar sorvete e, logo em seguida, nos dirigimos ao apartamento de Carl e Bibi, para “jogarmos Nintendo 64”. E uma simples noite de quinta-feira que, normalmente, seria apenas uma noite comum, se transformou em mais um evento maravilhoso! No sábado, na parte da noite, combinamos de reunir a turma novamente e, desta vez, Eugene e Diane também estavam presentes.
Não vou ficar com falsa modéstia: se este mundo estivesse sob o comando de Carl, Bibi, Cyrinda, Diane, Eugene e Billy, a tristeza não existiria. Com a gente, não existe tempo ruim: não viemos à esse mundo para atrapalhar (como boa a parte das pessoas), mas sim para sermos felizes. E não importa o que de ruim possa nos acontecer: já derrotamos a depressão antes mesmo dela nos atingir.
Vou te pedir licença pra copiar o trecho final deste cap.: "Não vou ficar com falsa modéstia: se este mundo estivesse sob o comando de Carl, Bibi, Cyrinda, Diane, Eugene e Billy, a tristeza não existiria. Com a gente, não existe tempo ruim: não viemos à esse mundo para atrapalhar (como boa a parte das pessoas), mas sim para sermos felizes. E não importa o que de ruim possa nos acontecer: já derrotamos a depressão antes mesmo dela nos atingir."
ResponderExcluirVc sabe o quanto este trecho me faz bem, o quanto eu gosto de ler e reler isto. Me faz pensar q, não importa o q aconteça, nada no mundo pode atrapalhar essa amizade q construímos... e pra dizer a verdade, nada pode!
Verdade, Chá! Também adoro esse trecho... Grande abraço! Saudades!
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