segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Capítulo 09 – Que trata do final do primeiro semestre, com outros sucessos dignos de se saber e de se contar - Livro: "A Era do 'Make in Touch' - Os anos Unesp sem censura"


Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"

Capítulo 09 – Que trata do final do primeiro semestre, com outros sucessos dignos de se saber e de se contar





            Um leitor atento reconhecerá a semelhança do título do presente capítulo com um dos títulos contidos em outro livro muito famoso. Uma singela e justa homenagem a uma das melhores estórias que eu já li. Quem não descobriu, vá direto ao último parágrafo, onde revelo a publicação a qual estou me referindo (não, não, não, é brincadeira, leia o capítulo na íntegra, “o capítulo tá super legal, gente!”).

            Quando o primeiro semestre chegou ao fim, acredito que todos tiveram um “sentimento de missão cumprida” bem acentuado: foram tantos trabalhos, tantos seminários (eu ainda morria de medo de falar em público), tantos desenhos... E, para a maioria das pessoas, foi o fim dos primeiros créditos de uma das matérias mais odiadas: Matemática. David, na primeira prova da referida disciplina, ao invés de resolver os cálculos, preferiu escrever uma redação tentando mostrar a inutilidade da matemática em nosso curso (bom, até “surtiu efeito”, pois ele ganhou nota 1,0 ao invés de zero). Mas, o que ninguém previa, era que os próximos créditos de matemática (do semestre seguinte) seriam bem mais difíceis...

            Bom, o meu intuito de conquistar a amizade de todos, como relatei em um capítulo anterior, até que começou a dar os seus resultados, quando finalmente revelei a minha idade verdadeira. Percebi que o pessoal começou a me respeitar ainda mais, ou seja, pararam de me tratar “como um moleque” (um (ótimo) reflexo disso foi que o apelido “Megaman” foi caindo em desuso, com o passar do tempo). Até a menina que havia me chamado de “babaca”, próximo à biblioteca (vide capítulo 5) se tornou minha amiga (não foi uma amizade “tão próxima”, mas ela começou a me tratar com muito respeito e carinho a partir dessa época). Outro ponto que ajudou a fortalecer o meu bom relacionamento com a minha turma foi a diversidade de conhecimentos, ou melhor, a enorme quantidade de atividades que eu praticava nas horas de lazer (que eram do interesse deles também). Quando, em entrevistas de emprego, me perguntam qual é a minha melhor qualidade, eu sempre respondo que é justamente minha versatilidade, ou seja, a diversidade de atividades praticadas por mim (pena que os empregadores parecem não acreditar nessa verdade que me acompanhou por toda a vida). Observem os seguintes diálogos:

           

            _ Billy, eu gostaria de ouvir algumas gravações caseiras dos Beatles, antes deles ficarem famosos... Onde eu encontro?

            _ Simples, você encontra essas gravações no bootleg “Quarrymen at Home”...

           

            _ Billy, eu adorava a coleção de bonecos, aquela coleção dos “Thundercats”, cara! Que saudade!

            _ Vou trazer, na próxima aula, alguns bonecos dessa coleção que eu tenho guardado... Para você matar a saudade!

           

            _ Billy, estou interessado em ler os quadrinhos do “Cavaleiro das Trevas”, do Frank Miller... Você já leu?

            _ Sim é ótimo... Inclusive, eu tenho a versão original e o relançamento...



            _ Billy, quais os melhores pedais de distorção para a guitarra?

            _ Depende... Para distorção mais leve, eu uso o “Overdrive’... Para distorções mais pesadas, eu uso o “Heavy Metal”...



            _ Billy, qual foi a primeira versão do jogo “Metal Gear”? Foi para o nintendinho, não foi?

            _ Não, foi para Msx 2, lançada no final da década de 80... No Brasil, era considerado um “megarom de Msx 2”...



            _ Billy, quais os filmes que James Dean atuou?

            _ Longa metragens foram apenas três: “Vidas amargas”, “Juventude transviada” e “Assim caminha a humanidade”. Ah, uma curiosidade: a estréia de James Dean como ator (tirando as peças de teatro) foi em um comercial da Pepsi.



            _ Billy, estou afim de começar a praticar o hábito da leitura... Mas eu tenho muito sono quando começo a ler... O que eu faço? Quais livros você me indica, para eu “pegar” gosto na leitura?

            _ Nunca leia deitado na cama ou logo depois do almoço, pois dá muito sono... Vá lendo poucas páginas por dia, aumentando gradativamente o número das mesmas, a medida que você vai se acostumando... Livros interessantes para “pegar” o gosto na leitura, na minha opinião: “O pequeno príncipe” (Antoine de Saint-Exupéry), “Histórias Extraordinárias”, (Edgar Allan Poe), “On the Road” (Jack Kerouac)...

           

            _ Billy, quero iniciar uma coleção de selos... Como eu faço?

            _ Primeiramente, você deve escolher o tipo de coleção (por assunto ou por data). Depois, conseguir as “ferramentas”, como pinça própria para selos, classificadores e o catálogo de selos atual, pertencente ao país que você quer colecionar... Depois...



            Diálogos assim (tirando o da coleção de selos, que ninguém nunca me perguntou, pois ninguém sabia que eu colecionava) foram muito comuns durante a minha vida na Universidade... Diálogos muito prazerosos, diga-se de passagem, já que gosto muito de ajudar e ensinar os amigos. E, com eles, aprendi muitas coisas também, recebendo inúmeras (boas) influências: com David, me tornei fã de Bob Dylan (e, tempos depois, acabei incorporando o estilo “gaita e violão” em minhas músicas); Sal me deu inúmeras dicas a respeito de bons programas para a gravação de som; com Marky, aprendi vários macetes a respeito de desenho artístico no computador; John e Lydia me ajudaram muito na parte de desenho técnico (que, inicialmente, eu tinha muitas dúvidas)... Enfim, amizades que só enriqueceram o meu “repertório de vida”...

            Para terminar, prometi contar qual a minha inspiração para o título: foi o livro “Dom Quixote”, do Miguel de Cervantes Saavedra, que estou terminando de ler essa semana, com um enorme aperto no coração. Isso porque foram quase dois meses de leitura (o livro possuí 600 páginas), ou melhor, foram dois meses de maravilhosas aventuras com o “Cavaleiro da Triste Figura” (ou Dom Quixote) e seu fiel (e engraçado) escudeiro Sancho Pança. E agora que vou terminar a leitura do referido livro, tenho a certeza que vai ficar uma enorme saudade (estou até diminuindo o ritmo da leitura, para demorar mais o seu término). Querem uma dica? Se vocês ainda não adquiriram o hábito da leitura (até toquei no assunto anteriormente, nesse mesmo capítulo), não deixem de adquirir o referido hábito antes de morrerem... A leitura é uma das melhores coisas desse planeta, podem acreditar...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Capítulo 8 - Prazer! - Livro: "A Era do 'Make in Touch' - Os anos Unesp sem censura"

Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"


Capítulo 08 – Prazer!



    Quanta inspiração! Meu cérebro parece querer saltar para fora do meu crânio! Então, nada melhor do que começar o capítulo citando um poema que escrevi tempos atrás, em um momento muito inspirado (e apaixonado):

      “Cresce uma angústia delirante

       Que consome os faiscantes olhos meus...

       Aumentando o desejo desses meus lábios

    Que, a partir de agora, serão apenas seus...”



      Lindo, não? Eu sabia que, provavelmente, a maioria iria gostar... Mas não se iludam, pois o poema termina com os seguintes versos:



    “Mas o movimento das horas da madrugada

    Revela o caminho oculto pelo qual passeio...

   Acabo descobrindo que a presença da amada

     Era, somente, mais um intenso devaneio...”



            Xiiiiiiiiiiiii!!!! Ferrou, hein?

            Pois é, nunca fui muito amigo do amor... Há muito tempo atrás, mais precisamente na década de 80 (mais uma vez, não que eu seja um cara velho), eu lembro de uma “musiquinha” que tocava no programa do palhaço Bozo, que dizia assim que “quando a gente gosta de alguém, a nossa vida fica mais feliz”. E eu pensava “Que estranho! Quando eu estou apaixonado por alguma menina, parece que as coisas ficam tão mais tristes!”. Pois é, se com 7 ou 8 anos eu pensava assim, imagine agora... Por esse motivo, “há aproximadamente de uns nove anos pra cá”, eu decidi que não iria mais me apaixonar por ninguém (e consegui realizar a proeza até com uma certa facilidade, apesar de algumas recaídas nas inevitáveis “armadilhas do amor”). Esquentar a cabeça com pessoas que nem sabem que você existe? Bobagem! Quando não estou apaixonado, a minha vida fluí de uma maneira tão impressionante, que fica até mesmo difícil de explicar (na verdade, a felicidade que eu sinto acaba explicando tudo). O contrário, ou seja, quando estou apaixonado, a melancolia faz parte dos meus dias, me deixando desanimado, triste, acabado, “jogado às traças”, “pitimbado”... Enfim, vale a pena se apaixonar?

            “Ele está dizendo isso porque ainda não encontrou o grande amor da vida dele”, eu sei que muitos devem estar pensando. Mas esse é, justamente, o ponto principal da questão: como ainda não encontrei grande amor da minha vida, para que ficar desesperado no intuito de procurar alguém para me relacionar, só porque a sociedade (ou família ou amigos) fica cobrando? “Ah, mas veja bem, a sociedade sabe o que é melhor para nós e”... Ah, tá bom! Se a sociedade soubesse o que é bom para gente, ela nos arranjaria muito dinheiro ou, pelo menos, um emprego! Não sou materialista: estou citando o acúmulo de dinheiro (ou bens materiais) pelo fato do mesmo ser o objetivo principal de boa parcela da sociedade! Vai falar que não? Então, fica aqui o meu conselho, procurando (na medida do possível) fazer o que eu faço: curtam a vida e não se preocupem em conseguir uma pessoa só porque os outros ficam te criticando (“vai ficar para titia” ou “vai ficar solteirão”). O amor da sua vida vai aparecer quando você menos esperar: justamente o momento certo de deixar os seus sentimentos amorosos virem à tona, em relação à pessoa amada. Ah, e aproveitando o exemplo citado acima: ter dinheiro até que é bom (conseguido com o nosso suor), mas de nada vale se você não tiver felicidade (e amor verdadeiro; caso contrário, é preferível ficar sozinho).

            Mas ninguém segura o prazer, além da força de vontade!

            Pois é! Agora, finalmente, entraremos no assunto principal do presente capítulo, a partir da narrativa do fim da festa de Desenho Industrial, na República Vinoma. Como eu havia comentado no capítulo anterior, ao sair da República, encontrei uma menina passando mal na calçada e... Humm! Agora estou me lembrando: eu relatei boa parte do caso em um dos tópicos da comunidade “Bixos Desenho Industrial 2005”, do Orkut. Esperem um pouco...

................................................................................................................................................................

           

            (Vinte minutos depois).



             Legal, acabei de verificar no Orkut e o tópico ainda está lá, na referida comunidade. Não precisarei contar tudo de novo, apenas um “Copiar” e “Colar” (“Control+ C” e “Control+V”, respectivamente) irá facilitar a minha vida. Então, “Tuc, tuc” (ou seja, barulhinho do teclado ao pressionar as referidas teclas):

            “Bom, aconteceu um lance muito louco comigo. Quando eu estava saindo da Vinoma para ir embora, encontrei uma veterana de DI (5º ano)  passando mal no meio do caminho (não posso revelar seu nome, pois ela me pediu). Ela já estava há uma quadra da república quando a avistei e fui perguntar se ela precisava de ajuda. Perguntei onde ela morava e disse que, se fosse necessário, eu lhe daria uma carona. Ela me disse que morava perto da praça da paz e, por motivos óbvios (apesar da minha insistência) não aceitou a carona. Assim sendo, desencanei e, quando eu estava indo embora, vi que ela tropeçou e caiu na calçada (e não levantou mais). Aí vieram na minha mente aquelas frases do Homem-Aranha (Grandes Poderes trazem grandes responsabilidades, se acontecer alguma coisa à ela eu nunca vou me perdoar, etc). Dessa forma, fui aonde ela estava caída e comecei a conversar com ela. Ela estava muito mal, disse que ninguém gostava dela, coisa e tal. Tentei de todas as maneiras consolar a veterana, mas não adiantava. Eu já não sabia o que fazer, pois não podia largar ela sozinha naquele estado e ela ainda insistia que não queria carona. Mas, para a minha salvação, conheci uma garota que estava passando naquele momento por nós (a Juliana) e pedi a sua ajuda. Acho que isso foi fundamental para a veterana ganhar confiança em mim, com a Juliana ajudando também. A veterana nos disse em qual edifício morava e, assim, a colocamos no carro e nos dirigimos pra lá. Detalhe: o edifício ficava do outro lado da Nações, perto do Shopping. Eu a deixei no edifício, depois deixei a Juliana no dela e fui embora pra casa. Estava tão cansado que capotei na cama, nem pensei mais no assunto. No outro dia (sábado), a noite, quando fui dormir, fiquei pensando nas conseqüências que poderiam ocorrer, caso eu deixasse a menina na calçada e fosse embora. Será que ela teria conseguido atravessar a Nações e se safar dos carros? E se alguém mal intencionado a encontra-se estirada, sozinha na calçada? Essas indagações começaram a tomar a minha mente e, o resultado, foi que não consegui dormir mais. Foi com muito custo que consegui pegar no sono. Mas, sinceramente, não sei se irei ver a veterana novamente, mas espero que ela esteja bem e desejo-lhe toda a sorte do mundo. E muito obrigado, Juliana, por aparecer na hora certa e ter me ajudado. Abraços a todos...”.

            E, depois do barulhinho do teclado (“Tuc,tuc”), aqui está o texto prontinho! É claro que tive que formatá-lo após o processo, mas não vamos entrar em detalhes desnecessários... Ah, logo abaixo da minha postagem no Orkut, outra postagem (do “veterano” Caleb Car) execrava a minha historinha. É claro que não irei “colar” aqui a opinião do referido “veterano” e, assim, ferrar com o meu capítulo, né?

            A narrativa fala por si só (adoro essa expressão): então, vou apenas relatar aqui as coisas que deixei um pouco veladas (ou omiti) num certo ponto da mesma. A “veteranete” era bonita (sua aparência lembrava um pouco a Sandy, do meu livro “Jimball Bilangs”, quando a mesma tinha o cabelo liso e mais curto). Quando eu relatei “ela estava muito mal, disse que ninguém gostava dela, coisa e tal”, o motivo foi que o namorado havia largado dela, conforme ela mesmo me contou com muita clareza, apesar da embriaguez. Foi uma cena muito esquisita: a “veteranete” caída e eu ajoelhado diante dela, tentando consolar e, ao mesmo tempo, oferecendo ajuda. No entanto, em um certo momento, ela me diz, com uma voz sedutora: “E você? Você gosta de mim?”. Ai! Senti a paixão e o prazer fluir pelas minhas veias! Sou um ser humano, heterossexual e, obviamente, tive vontade de beijá-la. Muita vontade mesmo! Sabe, ela estava ali, tão disponível, tão fácil, deitada na calçada, me dando “bola” (efeito da embriaguez)... Mas, como eu mesmo disse:  “ninguém segura o prazer, além da força de vontade”. Então me contive (inclusive, usei a frase do homem-aranha, sobre a responsabilidade, para confirmar a ideia) e fiquei apenas tentando consolar a garota, até a outra “veteranete” (Juliana) aparecer. Fico feliz de ter tomado (ao meu ver) a atitude mais correta e não me deixar seduzir pela embriaguez daquela linda menina. Mas se fosse outro... Meu Deus, não quero nem pensar nisso...

            Bom, para finalizar e enaltecer o meu comentário “o amor da sua vida vai aparecer quando você menos esperar”, quero deixar registrado que, alguns dias após a festa, o meu amigo John e Líria (uma de nossas “veteranetes”) começaram a namorar, estão juntos até hoje e são noivos, fato que me deixa muito contente.