domingo, 1 de maio de 2011

Capítulo 10 - Já tive uma "amiga Marilyn Monroe"!

Trilha Sonora sugerida para o presente capítulo (Cap. 10 – Já tive uma “amiga Marilyn Monroe”!):

Caroline No (The Beach Boys) 

http://www.youtube.com/watch?v=QCI5wZRn9iE

CAPÍTULO 10 – JÁ TIVE UMA “AMIGA MARILYN MONROE”!

Escrito entre: 18 de novembro de 2010
Período: 11 de novembro a 16 de novembro de 2010

 
            Na noite de quinta, me dirigi para o Bauru Shopping, a fim de comprar um presépio para montar em meu quarto (sempre gostei de presépios, desde os tempos de infância). Fiz isso com a consciência completamente limpa, mesmo sabendo que, talvez, poderia estar sujeito à acusações de idolatria, pelo fato de estar adquirindo “imagens”. Mas a verdade é bem diferente: durante a minha vida, apesar de gostar de imagens, nunca fiquei adorando as mesmas. Ou seja, encaro as referidas estátuas enquanto obra de arte, longe de qualquer culto idolátrico (o qual não acredito). Por exemplo: sempre tive uma estátua de Moisés no meu quarto e nunca fiquei me ajoelhando perante a mesma, para adorá-la (confesso que, as vezes, até me esqueço que a figura representada é Moisés). Além disso, a partir dos ensinamentos que recebi desde os tempos de infância, a imagens presentes nas igrejas estão ali apenas para lembrar (embora muitas vezes não seja preciso) a presença de Deus, de Jesus , dos santos (sinônimo de pessoas ungidas) e profetas.


            Maggie, a simpática personagem de “Jimball Bilangs”, retornou à minha vida, depois de um longo período de ausência. Sonhei com ela na noite de quinta para sexta, mas não consegui interpretar o significado do referido sonho. Assim, me resta relatar toda a confusão presente no mesmo.
            Bem difícil de expressar o que estava acontecendo: eram trabalhos e mais trabalhos de faculdade “pipocando” de todos os lados, misturados às tarefas de organização de uma mansão, onde os personagens do sonho estavam inseridos. Enquanto eu tentava inutilmente terminar os trabalhos e a arrumação do cômodo onde eu me encontrava, Maggie chegou até a mim “munida” de sua simpatia habitual e de toda a sua “beleza loura” (estilo Marilyn Monroe). Estava usando o vestido vermelho (muito lindo), o mesmo que eu havia idealizado para ela (na verdade, para a sua personagem de “Jimball Bilangs”). Maggie disse que precisava falar comigo e, como seria uma longa conversa, poderia ser depois que eu terminasse todas as minhas tarefas. Se soubesse que tudo não passava de um sonho, consequentemente, eu também teria a consciência de que todas aquelas tarefas (organização da mansão e trabalhos de faculdade) eram pura perda de tempo. Então eu pensaria “Que se dane essas tarefas inúteis” e iria conversar com a minha amiga Maggie, imediatamente. Mas, como eu não tinha conhecimento de que era apenas um devaneio, acabei desperdiçando a única coisa que valia a pena no mesmo: a minha amiga loira, a suposta reencarnação de Marilyn Monroe. Assim, concordei em conversar apenas quando todo o serviço estivesse terminado. Apesar da minha “burrice”, tentei executar as tarefas o mais rápido o possível, pois estava louco para me aproximar de Maggie novamente, me deliciar com toda a sua simpatia e beleza, ver o que ela queria comigo depois de tantos anos. No entanto, quando fui conversar com ela (que estava próxima de um muro, localizado em uma rua sombria), já era muito tarde, conforme provaram as suas palavras: “Billy, você demorou demais! Agora, já estou indo me casar... Adeus!”. Depois, Maggie deu as costas e partiu... E o sonho terminou... Será que Maggie havia me escolhido como marido e, como demorei demais, ela se casou com outro?
            Apesar de nunca ter me apaixonado por Maggie na vida real, casar com ela até que não seria uma má ideia, pelo fato dela ser uma menina linda, inteligente e educada. Na época em que estudei em sua classe (entre 1985 e 1990), era difícil encontrar uma menina que fosse bonita e legal, ao mesmo tempo. No entanto, Maggie era uma das exceções. Recordo que, tanto eu como a maior parte de meus amigos, éramos uns “babacas” naquela época. Assim, Maggie, talvez, tivesse todo o direito de nos odiar, já que tínhamos feito uma coisa muito desagradável com ela, na sétima série. No entanto, ela nos perdoou (talvez, tendo a consciência de que os meninos, na fase de adolescência, são mesmo difíceis) e continuou nossa amiga. Não me lembro com detalhes o que realmente aconteceu na sétima série: apenas me recordo que foi pelo fato de Maggie ter conseguido a maior votação para presidente da classe (provando, mais uma vez, o seu carisma). Acho que os meninos ficaram com inveja (ou algo do tipo) e, por causa disso, começaram a ofender Maggie. Engraçado: nós mesmos a elegemos, então qual o motivo do descontentamento?
            Mas, passando por cima de todas essas coisas desagradáveis, considero Maggie uma das melhores pessoas que eu já conheci (apesar de, infelizmente, não termos sido tão próximos).


            No sábado, aconteceu o casamento da minha prima Ann Polly com o simpático Marty, que agora também é meu primo. Imaginei que, talvez, as mesmas percepções arrebatadoras que tive no casamento de Carl e Bibi pudessem voltar. Mas, felizmente, eu estava enganado: achei muito legal toda a comemoração. Inclusive, pude rever vários parentes que eu não via há muito tempo. Mas algo diferente aconteceu: as percepções não voltaram e a emoção também não tomou conta de mim (pelo menos, da forma que acontecia, antigamente). Fiquei feliz em rever a minha família, mas foi uma felicidade normal e sem excessos. Achei que toda aquela conversa de ser frio (de maneira benigna, comentada no capítulo anterior) iria durar apenas por alguns dias, mas desconfio que vou conseguir incorporar essa tática para o resto da vida. A não ser que apareça alguma garota para amar; nesse caso, vou colocar todo o meu sentimentalismo a disposição dela. Um sentimentalismo que vai tirar o fôlego da mesma... “Come on, baby, light my fire”.

2 comentários:

  1. E aí aLÊ! Por onde anda a Maggie, hj? Adolescência é um período difícil, mas acho que todo mundo acaba perdoando os outros e a si próprio... ng se aguenta! rsrs... abraços

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  2. Bruno, a Maggie, utilizando uma frase do personagem Adam Ball: "Paradeiro desconhecido"! Rss Acho que a última vez que eu a vi foi em 1990, quando ela estudava comigo, na oitava série. Uma pena!

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