INTRODUÇÃO (Leia, muito
importante):
Em primeiro
lugar, muito obrigado pelos acessos, que já estão passando de... Nossa, já
perdi a conta... Muito obrigado (mesmo) pelo carinho!
Muitas
pessoas estão com "medo" do Blog, imaginando que, em minhas
narrativas reais, eu possa estar citando algum fato constrangedor a respeito
das mesmas (afinal, quase todos os meus amigos são personagens). No entanto,
mesmo se eu citasse algo de ruim, todos os personagens estão com pseudônimos,
ou seja, com a identidade preservada. Mas aceito opiniões e críticas, caso
ocorra algum problema.
O Blog "Grass Valley Memorial" tem como seu principal objetivo a
publicação de obras pessoais e de amigos.
A quarta obra a ser publicada no presente blog é "O livro do amor para os
corações solitários", de minha autoria. A mesma está em processo de
produção. A narrativa apresentada no livro é 100% real e, portanto, os nomes
verdadeiros dos personagens foram substituídos por pseudônimos, no intuito de
preservar os mesmos.
Qualquer blog que se preze só se mantém ativo através da postagem de
comentários (opiniões, críticas, etc) das pessoas que acessaram o mesmo; quando
não ocorre a referida participação, a tendência é que o proprietário do blog
(neste caso, eu mesmo) não se sinta mais motivado em manter o mesmo em
atividade.
Portanto, não deixem de postar a sua
opinião, mesmo que você não seja (ainda) personagem participante dos livros
apresentados. E se você já escreveu algum livro e tiver vontade de publicá-lo
neste modesto blog, não hesite em pedir. Será uma honra! Bom divertimento a
todos.
Livro: O livro do
amor para os corações solitários
Capítulo
17 – Quando a minha amada faleceu...
E a vida na assessoria MC continuou,
mesmo após a partida de Amy. O tempo foi passando e a dor da ausência de Amy
foi sendo amenizada aos poucos. Acabei saindo da equipe de meu coordenador Leny,
passando pela equipe de vários outros coordenadores, até ingressar na equipe de
outro coordenador, o Pete, também muito legal. Iríamos cobrar uma faixa de
atraso muito alta, onde a maior parte das parcelas atrasadas seriam todas
cobradas ao mesmo tempo. Apesar da dificuldade, me orgulha muito o fato de
conseguir bater a meta nessa dificílima empreitada. Um fato interessante: era a
equipe mais “casca grossa” de toda a assessoria. Quase todo dia tinha brigas,
discussões, boletos roubados, enfim, muita confusão. Apesar disso, eu tinha
muita amizade com todos os membros da equipe e procurava “apaziguar” o ambiente
quando a situação ficava mais tensa. Até que, em agosto de 2013, finalmente
chegou as minhas férias. Acreditem se quiser, eu gostava tanto do trabalho de
cobrança que eu até questionei “Para quê Férias?” Como eu estava fazendo um
trabalho que eu gostava, eu achava que nem necessitava de um período de férias
para descansar. Parece uma ideia absurda, mas até que teve um fundo de verdade,
pois foram as férias mais tristes e turbulentas que tive em toda a minha vida.
Vou explicar...
Um pouco antes de eu sair de férias,
Ingvill postou em seu facebook que precisaria fazer uma cirurgia. Para
preservar a identidade da mesma, prefiro não mencionar aqui qual era o problema
de saúde. Fiquei transtornado com aquela informação! Apesar de não ter mais
tanto contato com Ingvill, eu sempre tive um carinho todo especial pelas
garotas que já amei. Ela ainda era muito importante para mim, assim como todas
as outras garotas por quem eu já fui apaixonado. Ingvill fez parte da minha
vida, eu convivi com ela no período do colegial, então eu ainda me importava
com ela. Então resolvi lhe mandar uma mensagem, pelo próprio facebook. Ingvill,
muito simpática, pediu para que eu ficasse tranquilo, pois tudo daria certo.
Confesso que não fiquei tranquilo...
Também antes das férias, outro fato
interessante aconteceu: encontrei com Pam, a minha outra grande paixão do
passado. Ou quase! Fui acertar uma documentação para poder fazer um plano de
saúde para a minha mãe, e Pam estava por lá. Vi a mesma de longe, não tenho
certeza se ela me viu também. Como estava com pressa, não tive a oportunidade
de conversar com ela. Incrivelmente, eu descobriria mais tarde, já durante o
período de férias, que Pam faria a mesma cirurgia que Ingvill também faria. As
duas garotas que eu mais amei em toda a minha vida estavam com o mesmo problema
de saúde e fariam a mesma cirurgia. Ingvill sobreviveu... Pam, infelizmente,
morreu na mesa de operação!
As férias, enfim, chegaram e, certa
tarde, recebi uma mensagem de Cindy, que estava muito abatida. Ela me informou
que Pam, sua melhor amiga, havia falecido. Fiquei chocado! O meu grande amor já
não existia mais, pelo menos nesse mundo! Ingvill, naquela altura, já tinha
postado no facebook que estava bem após a operação. Tive vontade de abraçar
Ingvill, e lhe dizer o quanto eu estava contente por ela ter se recuperado. Já
não poderia fazer o mesmo com Pam...
Quando eu era criança, eu era
apaixonado pela Verônica, da turma do Archie. Muita gente deve estar
estranhando: “Mas Riverdale não é uma série recente, da Netflix?” Sim, a série
é recente, mas os personagens são muito antigos, criados por volta de 1939. Eu
assistia ao desenho da turma do Archie quando criança (The Archie Show) e era
fascinado pela Verônica, mesmo ela sendo um desenho animado. E Pam era muito
parecida com ela! Estar com Pam era uma espécie de sonho de infância. E, por
falar em seriado, naquela difícil situação, imaginei que a minha vida não
passava de uma série e que uma das principais personagens, Pam, havia morrido.
Como se Verônica morresse na série Riverdale. Aquilo era aterrador!
Minha mãe também ficou muito triste
com a morte de Pam. Porém, no meu caso, a situação foi mais complicada. Comecei
a me afundar em uma espécie de depressão. Em certo momento, para piorar ainda
mais a situação, senti que o lado direito do meu rosto estava paralisado. Em
seguida, percebi que tanto a minha narina direita como o meu ouvido direito
ficaram entupidos. O lado direito do meu rosto ficou pesado. Na minha
inexperiência, achei que era um AVC. Era um sábado e, muito tenso, me dirigi
para o pronto socorro. O médico, muito ruim por sinal, só deu atenção ao fato
de eu estar muito nervoso. Disse que iria receitar um calmante. “Doutor, eu
estou com o rosto paralisado”, eu implorei, mas ele nem ligou. Achei que não
valeria a pena discutir e me conformei com o fato dele me receitar um calmante.
O medicamento poderia me ajudar a sobreviver àquela dor causada pela morte de
Pam. Mas o médico mudou de ideia: não me passou a receita, ministrando o
medicamento ali mesmo, no pronto socorro. Um mísero comprimido! Quer dizer, era
algo que eu poderia ter tomado em casa, não precisaria nem ter me deslocado ao
pronto socorro! Já era noite,
resolvi passar no Boulevard Shopping para tentar me distrair e me acalmar.
Percebam que, por mais difícil que esteja a situação, eu sempre procurei meios
de tentar amenizar a depressão. Infelizmente, não tive sucesso, pois acabei me
lembrando da minha amiga Cyrinda.
Parece ironia do destino, mas
Cyrinda, uma das minhas melhores amigas, também faria a mesma operação que Pam
e Ingvill fizeram. Era o mesmo problema de saúde mais uma vez. E o plano de
saúde de Cyrinda, naquela burocracia sem fim, estava só “enrolando” para marcar
a operação. Aquela lembrança me deixou mais transtornado do que eu já estava!
Cheguei em casa e pensei em ligar para a mesma, mas como dizer a ela que Pam
havia falecido, sem assustá-la? Resolvi, então, ligar para meu amigo Carl.
Expliquei toda a situação, e Carl disse que conversaria com Cyrinda, nem que
fosse para ela brigar com o pessoal do plano de saúde dela, mas que os mesmos
agendassem, de uma vez por todas, a cirurgia. Carl, assustado com o meu estado,
revelado pela minha voz ao telefone, disse que, se precisasse dele e de Bibi
para alguma coisa, era só ligar. Futuramente, para a felicidade de todos,
Cyrinda conseguiu fazer a operação e tudo terminou bem.
Na segunda, um pouco mais
influenciado pela voz da razão, concluí que estava exagerando ao pensar que eu
havia sofrido um AVC. Como a narina e o ouvido estavam entupidos, provavelmente
era um problema que poderia ser resolvido por um médico Otorrino. Então
consegui marcar uma consulta, no dia seguinte. Um pouco antes de me consultar,
recebi uma mensagem no celular, de minha amiga By, da assessoria, avisando que
houve um tremendo desentendimento entre ela e os demais membros da nossa
equipe. Ela estava muito triste pelo fato. Fiquei muito chateado também,
imaginando que, talvez, eu pudesse ter evitado toda a discussão se eu estivesse
presente no momento, com minha paciência e conselhos. Aquilo, de certa forma,
me abalou mais do que eu já estava abalado. Mandei uma mensagem para By, para
poder consolar a mesma e, no dia seguinte, me dirigi ao médico. Realmente, a
doutora me disse que era uma rinite um pouco mais acentuada, e que tudo poderia
ser resolvido com a medicação.
E assim aconteceu! Aos poucos, meu
nariz e meu ouvido foram desentupindo e aquela sensação de paralisia facial foi
se dissipando. Mas nada da tristeza dissipar! Pam era muito importante para
mim! Me ocorreu até um certo arrependimento de não ter ido conversar com ela,
naquela ocasião em que a vi no escritório do plano de saúde. Provavelmente, ela
estava lá para pegar uma guia para a sua operação. Aquela fatal operação, que
tiraria sua vida! Vocês devem se lembrar, em capítulos anteriores, que Pam
havia me entregado, no dia do meu aniversário, um cartão onde não consegui
entender o sentido da frase que ela havia me escrito. Nunca havia conseguido
decifrar a mensagem! Então, naquele estado de profunda melancolia, resolvi
consultar, mais uma vez, o cartão. E, finalmente, consegui decifrar o que Pam
havia me escrito, uma frase surpreendente! Talvez uma frase premeditada, quem
sabe para me consolar acerca da sua morte. A frase dizia: “Esteja aonde eu estiver,
eu sempre vou te adorar!”. Não aguentei, me emocionei e caí em lágrimas,
imediatamente! Sim, aonde ela estivesse, com certeza junto de Deus, ainda assim
ela continuaria me adorando! Pensei “Eu também, meu amor, eu sempre vou te
adorar, até o fim dos meus dias!” A minha Pam... A minha doce Pam... Jamais vou
esquecê-la!
E as férias foram passando... Aos
poucos, fui me conformando melhor com a partida de Pam, apesar de ainda estar
um pouco triste pelo fato. No meu último dia de férias, precisei me dirigir à
uma farmácia de manipulação, para buscar um remédio para minha mãe. A farmácia
era perto da assessoria MC. Resolvi ir de ônibus mesmo, para ter a oportunidade
de caminhar um pouco e poder relaxar a minha mente. Eis que, a caminho da
farmácia, encontro uma pessoa muito especial. Provavelmente, um anjo que Deus
me enviou, para amenizar a minha tristeza! Era Amy! Ela havia ido até a
assessoria para me ver, estava com saudades tanto de mim como do restante do
pessoal. Mas informaram, para a sua tristeza, que eu estava de férias. Foi um
milagre, uma verdadeira coincidência termos nos encontrado naquele dia. Abracei
Amy com ternura, lembrando como eu havia ficado triste com a sua dispensa da
assessoria, já fazia quase um ano. Ela também ficou muito contente em me ver e
disse, daquele seu jeito irreverente: “Billy, você continua bonitão, hein?”
Falei para ela da morte de Pam, mas resolvi não me estender muito aos detalhes.
Assim, fomos juntos até a farmácia, depois paramos em um barzinho para tomar um
refrigerante e colocar os assuntos em dia. Eu disse a ela que teria mais alguns
lugares para ir, e Amy perguntou se não teria problema ela me fazer companhia. Que
pergunta! Claro que não, foi o que respondi! Então passei o resto da tarde, daquela
maravilhosa tarde, ao lado de Amy que, inclusive, estava de salto alto, não se
importando nenhum pouco de caminhar um longo trajeto pela cidade daquela
maneira. Andamos de braços dados, não tanto pelo lado romântico da situação,
mas sim pela dificuldade de Amy em caminhar com o salto.
Eu havia dito, em capítulos
anteriores, e até mesmo no início do presente capítulo, por uma questão de
cronologia, que as duas garotas que eu mais amei na vida foram Ingvill e Pam.
Permitam atualizar a referida informação: as garotas que eu mais amei na vida
foram Ingvill, Pam e, também, a minha doce Amy, aquele anjo que apareceu em um
dos períodos mais difíceis de minha vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário