quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Capítulo 15 – “Ele não foi com a minha cara...” - Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"

Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"

Capítulo 15 – “Ele não foi com a minha cara...”

 
            Você chega ao lugar, pessoas novas, todo mundo sendo simpático com você e, de repente, você percebe que existe uma exceção. Ao contrário das outras pessoas, o sujeito mal fala com você, não sorri para você, enfim, não disfarça a aparente “antipatia” que sente pela sua pessoa. O máximo que o indivíduo faz é cumprimentar meio de “má vontade”, quando você chega ao ambiente. “Ele não foi com a minha cara”, é a primeira coisa que vem em sua mente. Nessas situações, qual a melhor atitude a ser tomada? “Se ele não gostou de mim, então eu não vou dar ‘bola’ para ele também; se ele é antipático comigo, também vou agir da mesma maneira em relação a ele...”. Enfim, é a melhor atitude a ser colocada em prática, certo? ERRADO!
            Não é a minha intenção (e nem seria possível) tentar impor a minha maneira de pensar aos meus leitores (se caso a minha argumentação convencê-los, é claro que ficarei contente, mas sinceramente não é a minha intenção). Mas, na minha modesta opinião, esse lance de “Ele não foi com a minha cara” pode, muitas vezes, não ser realidade. Melhor dizendo, acho que é uma situação que pode ser facilmente revertida ao nosso favor. Analisando friamente esse aspecto, não é que a pessoa não foi com a sua cara: na verdade, ela ainda não teve o tempo suficiente para te conhecer e poder, assim, admitir o quanto você é uma pessoa legal. E se você “virar” a cara com a mesma (por causa da sua indiferença em relação a você), ela jamais terá a chance de descobrir a pessoa maravilhosa que você é. Quantos dos seus (melhores) amigos pareciam ser “chatos” quando você os viu pela primeira vez? E depois que você os conheceu de verdade, a situação não mudou? Outro aspecto a ser considerado: se você “virar” a cara com alguém, é mais um inimigo que você acrescenta em sua vida (para falar mal de você para os outros e te prejudicar). Vale a pena?
Até aí todo mundo deve concordar comigo: agora é a parte que, talvez, muitos não concordem (como eu disse, sem problemas, não estou querendo impor a minha maneira de pensar). Vou direto ao ponto: eu procuro ser legal com todo mundo, mas, se eu percebo que alguém não gosta de mim, eu vou ser mais legal ainda com a referida pessoa. “Você é louco”, o leitor deve estar indignado. Tudo bem, parece um absurdo, mas esse procedimento sempre trouxe resultado para mim: foram poucos que, depois da minha (louca) atitude, não se tornaram meus amigos (muitos dos meus melhores amigos, inclusive são provenientes dessa minha maneira de pensar; hoje poderiam ser meus inimigos, caso eu “virasse a cara com eles”, por causa da sua antipatia inicial em relação a mim). “Mas, e se eu insistir e a pessoa continuar a me tratar com desdém?”: aí tudo bem, nesse caso deixe essa pessoa de lado também, sem cerimônia (sem ser mal educado, é claro, sempre com classe). Afinal, ninguém (nem mesmo ela) poderá dizer que você não tentou... Além disso, ela terá que arcar com as conseqüências e comentários do tipo: “Nossa, o fulano é tão legal com todo mundo e o cicrano, ainda assim, trata ele com indiferença. Cicrano não deve ser uma boa pessoa, não é mesmo? Maltratar uma pessoa tão legal como o fulano”.
E dessa forma agi, cursando a Unesp sem ter feito um único inimigo (o que foi, para mim, motivo de muito contentamento). E também foi, com muito contentamento, que pude participar da “cerimônia” (trote) de recepção dos “bixos” de 2006. Apesar de não ser (muito) a favor dos trotes (na verdade, dos banhos de tinta e outras babaquices), o desfile com as fantasias do ano de 2006 foi muito divertido. Infelizmente, não tive tempo de criar uma fantasia. Estava até pensando em pegar o uniforme do Megaman que August me fez e pintar de rosa, criando o uniforme da namoradinha do Megaman para alguma “bixete” (“ah, seu ‘sêin vegonha’, escolhendo uma namoradinha para você, né?”), mas realmente o meu tempo estava escasso. Assim, ajudei na “pintura” (e não banho de tinta) dos “bixos”. As fantasias estavam muito bonitas e criativas: Sal criou o “Kill Playmobil” (uma fantasia que misturava “Kill Bill” com “Playmobil”); teve os bois “Caprichoso e Garantido” que, na hora do desfile, “cruzaram” (?) (acho que as fantasias foram criadas por Taylor); teve a fantasia da “Gina” (lembram da caixinha de palitos para dente?); Tony criou a fantasia “toba” (justiça, já que a sua fantasia, no ano anterior, tinha sido o “pinto”); Doug criou a fantasia de “Darth Vader” (perfeita!); teve Liz (do nosso ano, que não tinha passado pelos trotes, quando entrou na faculdade) vestindo a fantasia de “Pantera-cor-de-rosa” (ela adorava a cor rosa) e May (também do nosso ano, que também não havia recebido o trote) trajando uma fantasia de “Jesus”... Enfim, foram tantas e tantas fantasias boas que fica até mesmo difícil de lembrar de todas (preciso rever as fotos)...
Depois que a “cerimônia” de recepção terminou, Marky (a par de todo o meu princípio de “pegar leve” com os “bixos” durante o trote) veio perguntar o que eu tinha achado (“Você viu, né Billy? Nós não maltratamos os ‘bixos’, como você mesmo tinha sugerido, foi tudo “de boa”). E eu respondi: “Só não gostei o que vocês fizeram com o ‘bicho-montinho’, vocês podiam ter machucado o garoto; fora isso, o restante do trote foi legal”: conforme o nome do “bixo” indicava, fizeram uma enorme “montanha de corpos” em cima do coitado. Mas, felizmente, nada de grave aconteceu (mas deve ter doído)...

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