segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Capítulo 14 – Os “bixos” de 2006 a caminho da faculdade... - Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"

Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"

Capítulo 14 – Os “bixos” de 2006 a caminho da faculdade...


            Eu estava disposto a ser o “veterano” mais legal de todos os tempos (e a tentar influenciar meus outros colegas a pensarem da mesma maneira). Assim, no decorrer do primeiro ano (sempre que tive a oportunidade), procurei disseminar um tipo de trote mais pacífico, lembrando coisas do tipo “foi ‘foda’ aquele lance de tinta na orelha, não é? Acho que não deveríamos repetir isso com nossos ‘bixos’, é duro ter que ficar limpando depois e...”. Tenho certeza que já falei sobre a minha ideia de “maneirar” no trote em algum dos capítulos anteriores, mas não estou disposto a “folhear” as páginas para checar onde o assunto está localizado (pois tenho certeza que vocês acreditam em mim, queridos leitores).
            “Os nossos ‘bixos’”: acabei de usar essa expressão no parágrafo anterior, o que me causou um certo arrependimento. Em outras palavras: onde está o documento que certifica, no início do ano letivo, a posse dos “bixos” por parte dos “veteranos”? Ninguém pertence a ninguém, a escravidão é uma das maiores imbecilidades que já surgiram nesse planeta. Tá, tudo bem, talvez eu esteja exagerando ao comparar a “situação dos ‘bixos’” com escravidão, mas a verdade é que, se vocês repararem na grafia tanto da palavra “bixo” como “veterano”, as mesmas estão sempre grafadas entre aspas (desde o começo do livro; caso contrário, se eu não coloquei as aspas em alguma dessas palavras, com certeza foi por motivo de esquecimento). “Mas, veja bem, eu uso a palavra ‘bixo’ e ‘veterano’ apenas como uma convenção, e não no sentido de posse”: se você pensa assim, meus parabéns! É exatamente dessa maneira que eu penso: são dois termos convencionados, nada mais que isso! “E as aspas? Você ainda não esclareceu o uso das aspas!”: me perdoem (já estava me esquecendo de explicar). O uso de aspas é justamente por causa do lance da “convenção”, para mostrar que, enquanto pessoas, não existe nenhuma diferença entre o “bixo” e o “veterano”. A única diferença é que o último entrou um ano antes na faculdade(ou dois anos, ou três...). Só isso...
Retomando a ideia do trote pacífico, como eu disse anteriormente, sempre fui contra o trote “violento” (também não é para tanto, talvez a denominação correta seria o trote “babaca”), mas se o “bixo” entra no Orkut e fica provocando os “veteranos”, “aí eu já não posso fazer mais nada”: foi até engraçado ver o “bixo” Teddy “zoando” com o “veterano” Hughes pela rede, mas eu sabia que as conseqüências desse ato não poderiam ser muito boas (para o “bixo”, é lógico). Mas até que Hughes “pegou leve” com Teddy, algum tempo depois (“Corta um pedacinho dos seus cílios e escova o seu dente com tinta guache!”). Hughes é um grande amigo, gente boa, um cara engraçado, um “noveleiro assumido”... Mas, por outro lado, é meio doido... Teddy tinha que “zoar” justamente com ele? Hahaha!!! Mas, enfim, a rede Orkut (bastante popular na época) foi bem interessante, no sentido de dar uma ideia do perfil dos nossos futuros “bixos” (me lembro que a primeira “bixete” que conheci pela rede foi Jeany, muito bonita e simpática).
Fantasias já preparadas, potes de tinta guache comprados, perfil dos “bixos” previamente conhecidos: restava chegar o primeiro dia de aula, o dia da recepção... Tudo seria muito divertido, como vocês poderão constatar no próximo capítulo...  “Aaaaaah, só no próximo capítulo? Você parou a narrativa bem na melhor parte?”: me desculpem leitores, eu sinceramente estou sem tempo. Já estou atrasado para o trabalho... Fui...

Um comentário:

  1. Momento propício para se falar de bixos, né Alê? As matrículas estão abertas, as aulas se aproximam... eu também sempre fui contrário a trotes, não vejo graça alguma nesse tipo de integração/tradição. Mas enfim, tem gosto pra tudo. Aguardo o final da história. Abraço

    ResponderExcluir