segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Capítulo 8 - Prazer! - Livro: "A Era do 'Make in Touch' - Os anos Unesp sem censura"

Livro: "A Era do ‘Make in Touch' – Os anos Unesp sem censura"


Capítulo 08 – Prazer!



    Quanta inspiração! Meu cérebro parece querer saltar para fora do meu crânio! Então, nada melhor do que começar o capítulo citando um poema que escrevi tempos atrás, em um momento muito inspirado (e apaixonado):

      “Cresce uma angústia delirante

       Que consome os faiscantes olhos meus...

       Aumentando o desejo desses meus lábios

    Que, a partir de agora, serão apenas seus...”



      Lindo, não? Eu sabia que, provavelmente, a maioria iria gostar... Mas não se iludam, pois o poema termina com os seguintes versos:



    “Mas o movimento das horas da madrugada

    Revela o caminho oculto pelo qual passeio...

   Acabo descobrindo que a presença da amada

     Era, somente, mais um intenso devaneio...”



            Xiiiiiiiiiiiii!!!! Ferrou, hein?

            Pois é, nunca fui muito amigo do amor... Há muito tempo atrás, mais precisamente na década de 80 (mais uma vez, não que eu seja um cara velho), eu lembro de uma “musiquinha” que tocava no programa do palhaço Bozo, que dizia assim que “quando a gente gosta de alguém, a nossa vida fica mais feliz”. E eu pensava “Que estranho! Quando eu estou apaixonado por alguma menina, parece que as coisas ficam tão mais tristes!”. Pois é, se com 7 ou 8 anos eu pensava assim, imagine agora... Por esse motivo, “há aproximadamente de uns nove anos pra cá”, eu decidi que não iria mais me apaixonar por ninguém (e consegui realizar a proeza até com uma certa facilidade, apesar de algumas recaídas nas inevitáveis “armadilhas do amor”). Esquentar a cabeça com pessoas que nem sabem que você existe? Bobagem! Quando não estou apaixonado, a minha vida fluí de uma maneira tão impressionante, que fica até mesmo difícil de explicar (na verdade, a felicidade que eu sinto acaba explicando tudo). O contrário, ou seja, quando estou apaixonado, a melancolia faz parte dos meus dias, me deixando desanimado, triste, acabado, “jogado às traças”, “pitimbado”... Enfim, vale a pena se apaixonar?

            “Ele está dizendo isso porque ainda não encontrou o grande amor da vida dele”, eu sei que muitos devem estar pensando. Mas esse é, justamente, o ponto principal da questão: como ainda não encontrei grande amor da minha vida, para que ficar desesperado no intuito de procurar alguém para me relacionar, só porque a sociedade (ou família ou amigos) fica cobrando? “Ah, mas veja bem, a sociedade sabe o que é melhor para nós e”... Ah, tá bom! Se a sociedade soubesse o que é bom para gente, ela nos arranjaria muito dinheiro ou, pelo menos, um emprego! Não sou materialista: estou citando o acúmulo de dinheiro (ou bens materiais) pelo fato do mesmo ser o objetivo principal de boa parcela da sociedade! Vai falar que não? Então, fica aqui o meu conselho, procurando (na medida do possível) fazer o que eu faço: curtam a vida e não se preocupem em conseguir uma pessoa só porque os outros ficam te criticando (“vai ficar para titia” ou “vai ficar solteirão”). O amor da sua vida vai aparecer quando você menos esperar: justamente o momento certo de deixar os seus sentimentos amorosos virem à tona, em relação à pessoa amada. Ah, e aproveitando o exemplo citado acima: ter dinheiro até que é bom (conseguido com o nosso suor), mas de nada vale se você não tiver felicidade (e amor verdadeiro; caso contrário, é preferível ficar sozinho).

            Mas ninguém segura o prazer, além da força de vontade!

            Pois é! Agora, finalmente, entraremos no assunto principal do presente capítulo, a partir da narrativa do fim da festa de Desenho Industrial, na República Vinoma. Como eu havia comentado no capítulo anterior, ao sair da República, encontrei uma menina passando mal na calçada e... Humm! Agora estou me lembrando: eu relatei boa parte do caso em um dos tópicos da comunidade “Bixos Desenho Industrial 2005”, do Orkut. Esperem um pouco...

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            (Vinte minutos depois).



             Legal, acabei de verificar no Orkut e o tópico ainda está lá, na referida comunidade. Não precisarei contar tudo de novo, apenas um “Copiar” e “Colar” (“Control+ C” e “Control+V”, respectivamente) irá facilitar a minha vida. Então, “Tuc, tuc” (ou seja, barulhinho do teclado ao pressionar as referidas teclas):

            “Bom, aconteceu um lance muito louco comigo. Quando eu estava saindo da Vinoma para ir embora, encontrei uma veterana de DI (5º ano)  passando mal no meio do caminho (não posso revelar seu nome, pois ela me pediu). Ela já estava há uma quadra da república quando a avistei e fui perguntar se ela precisava de ajuda. Perguntei onde ela morava e disse que, se fosse necessário, eu lhe daria uma carona. Ela me disse que morava perto da praça da paz e, por motivos óbvios (apesar da minha insistência) não aceitou a carona. Assim sendo, desencanei e, quando eu estava indo embora, vi que ela tropeçou e caiu na calçada (e não levantou mais). Aí vieram na minha mente aquelas frases do Homem-Aranha (Grandes Poderes trazem grandes responsabilidades, se acontecer alguma coisa à ela eu nunca vou me perdoar, etc). Dessa forma, fui aonde ela estava caída e comecei a conversar com ela. Ela estava muito mal, disse que ninguém gostava dela, coisa e tal. Tentei de todas as maneiras consolar a veterana, mas não adiantava. Eu já não sabia o que fazer, pois não podia largar ela sozinha naquele estado e ela ainda insistia que não queria carona. Mas, para a minha salvação, conheci uma garota que estava passando naquele momento por nós (a Juliana) e pedi a sua ajuda. Acho que isso foi fundamental para a veterana ganhar confiança em mim, com a Juliana ajudando também. A veterana nos disse em qual edifício morava e, assim, a colocamos no carro e nos dirigimos pra lá. Detalhe: o edifício ficava do outro lado da Nações, perto do Shopping. Eu a deixei no edifício, depois deixei a Juliana no dela e fui embora pra casa. Estava tão cansado que capotei na cama, nem pensei mais no assunto. No outro dia (sábado), a noite, quando fui dormir, fiquei pensando nas conseqüências que poderiam ocorrer, caso eu deixasse a menina na calçada e fosse embora. Será que ela teria conseguido atravessar a Nações e se safar dos carros? E se alguém mal intencionado a encontra-se estirada, sozinha na calçada? Essas indagações começaram a tomar a minha mente e, o resultado, foi que não consegui dormir mais. Foi com muito custo que consegui pegar no sono. Mas, sinceramente, não sei se irei ver a veterana novamente, mas espero que ela esteja bem e desejo-lhe toda a sorte do mundo. E muito obrigado, Juliana, por aparecer na hora certa e ter me ajudado. Abraços a todos...”.

            E, depois do barulhinho do teclado (“Tuc,tuc”), aqui está o texto prontinho! É claro que tive que formatá-lo após o processo, mas não vamos entrar em detalhes desnecessários... Ah, logo abaixo da minha postagem no Orkut, outra postagem (do “veterano” Caleb Car) execrava a minha historinha. É claro que não irei “colar” aqui a opinião do referido “veterano” e, assim, ferrar com o meu capítulo, né?

            A narrativa fala por si só (adoro essa expressão): então, vou apenas relatar aqui as coisas que deixei um pouco veladas (ou omiti) num certo ponto da mesma. A “veteranete” era bonita (sua aparência lembrava um pouco a Sandy, do meu livro “Jimball Bilangs”, quando a mesma tinha o cabelo liso e mais curto). Quando eu relatei “ela estava muito mal, disse que ninguém gostava dela, coisa e tal”, o motivo foi que o namorado havia largado dela, conforme ela mesmo me contou com muita clareza, apesar da embriaguez. Foi uma cena muito esquisita: a “veteranete” caída e eu ajoelhado diante dela, tentando consolar e, ao mesmo tempo, oferecendo ajuda. No entanto, em um certo momento, ela me diz, com uma voz sedutora: “E você? Você gosta de mim?”. Ai! Senti a paixão e o prazer fluir pelas minhas veias! Sou um ser humano, heterossexual e, obviamente, tive vontade de beijá-la. Muita vontade mesmo! Sabe, ela estava ali, tão disponível, tão fácil, deitada na calçada, me dando “bola” (efeito da embriaguez)... Mas, como eu mesmo disse:  “ninguém segura o prazer, além da força de vontade”. Então me contive (inclusive, usei a frase do homem-aranha, sobre a responsabilidade, para confirmar a ideia) e fiquei apenas tentando consolar a garota, até a outra “veteranete” (Juliana) aparecer. Fico feliz de ter tomado (ao meu ver) a atitude mais correta e não me deixar seduzir pela embriaguez daquela linda menina. Mas se fosse outro... Meu Deus, não quero nem pensar nisso...

            Bom, para finalizar e enaltecer o meu comentário “o amor da sua vida vai aparecer quando você menos esperar”, quero deixar registrado que, alguns dias após a festa, o meu amigo John e Líria (uma de nossas “veteranetes”) começaram a namorar, estão juntos até hoje e são noivos, fato que me deixa muito contente.

2 comentários:

  1. Alê, eu tinha a mesma perspectiva diante do amor que vc tem... achava que nunca ia rolar algo bacana pra mim, e tal... e (para a minha sorte) a cris voltou pra minha vida, e está mto bom! Mas concordo com vc quando diz que prefere ficar só: que se dane as imposições da sociedade! Afinal, como diz o ditado, "antes só do que mal acompanhado". Mas, de repente, as coisas podem mudar, meu caro! hehehe... E as moças, vc vê até hoje? Abs obs: vc tá a fim de ir pra Bariri dia 27? Acho que eu não vou, viu... vamos ficar por aqui, torcendo pelos nossos textos! hehe

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  2. Brunão, valeu mais uma vez pelo comentário.

    Quanto às meninas, as duas "veteranetes" eu nunca mais vi, depois da ocasião relatada no meu texto. A Sandy está no meu Orkut, mas faz muito tempo que não a vejo pessoalmente. Eu tenho um vídeo no You Tube em que ela aparece (e grande parte dos meus personagens também, rss):

    http://www.youtube.com/user/alebrazgar#p/u/24/2m9M5hX1qb8

    A Sandy é a moça sentada no sofá, do lado do Jim (a segunda pessoa da esquerda para a direita).
    É, eu também não vou para Bariri não... Vamos torcer por aqui... Grande abraço...

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