terça-feira, 27 de setembro de 2011

Capítulo 7 - De volta à Vinoma - Livro: "A Era do 'Make in Touch' - Os anos Unesp sem censura"


Capítulo 07 – De volta à Vinoma

Festa de Desenho Industrial - 2005 - República Vinoma
  
            Aqui vamos nós de novo: essa paixão louca mexe comigo bem quando eu pensava que isso iria acabar e...     Não, não é que eu esteja apaixonado (e essas palavras nem são minhas): só estava cantarolando e lembrando da letra (traduzida) de ”Going to Pasalacqua” (do Green Day), ao começar escrever o presente capítulo. Bela canção, mas não tem nada a ver com o que relatarei a seguir... Nadinha!
            Bom, eu havia decidido (como contei anteriormente) que não compareceria mais às festas de Desenho Industrial (pelos motivos desagradáveis já “enumerados”), mas acabei mudando de ideia no decorrer do primeiro semestre (“Vamos lá rapaz, seja mais tolerante, não fique guardando mágoa, e...”). As comemorações que eu mais gostei foram aquelas mais “particulares”, onde “juntava” somente o pessoal da minha classe (dava para conversar e tocar violão numa boa). Mas, em um determinado momento, tive minhas dúvidas se compareceria à festa “oficial” do meu curso (que acontece uma vez por ano; é a “maior festa de todas” e a que aglomera mais pessoas), pelo fato da mesma ter sido marcada na República Vinoma. Conforme já disse (usei um capítulo inteiro para isso), não havia tido uma boa impressão daquele lugar. Mas, no final das contas, “Primeira festa, né? Você vai perder? Olha que o arrependimento pode te matar depois, hein?”. Então fui...
            Na noite da festa, estacionei o carro próximo à Praça da Paz (localizada na Avenida Nações Unidas) e, juntamente com John (e mais alguns amigos que agora não me recordo), nos dirigimos para a República Vinoma (ela meio que “beirava” a rodovia Marechal Rondon). Havia tanta gente na entrada, que chegava a ser difícil achar um espaço vazio onde pudéssemos ficar “estacionados”.
            Achei que a noite estava bonita e agradável, mas dentro de mim havia aquele sentimento de “os velhos tempos se foram e jamais poderão ser repetidos”: não era a turma do São José, ou do Objetivo, ou do meu bairro (Grass Valley) que estavam ali reunidos. Era uma turma totalmente nova, uma atmosfera completamente desconhecida, enfim, o meu mundo já não possuía nada de familiar. E o rock, que me acompanhou durante toda a minha vida? Bom, a verdade é que grande parte gostava do referido estilo, mas não se aprofundava em conhecer o mesmo mais a fundo ou, até mesmo, adotar as suas vestimentas, enfim... Por falar em estilo, sabia que em poucos meses o meu cabelo voltaria ao aspecto natural (já tinha crescido uma boa porcentagem) e, assim, poderia “armar” o meu topete “estilo anos 50” novamente.
            Quando a festa começou e a multidão adentrou ao “recinto”, pude notar que a República era enorme. Um fato que comprova a sua grande dimensão eram dois estilos de som que não se atrapalhavam ou se confundiam: a música eletrônica imperava por todo o ambiente, mas, numa espécie de porão, o som que dominava era proveniente de uma banda de rock (pertencente à uma “veteranete”, vocalista, que eu conheceria tempos depois). Como eu havia comentado, a festa não me trouxe (como era de se esperar) os meus velhos tempos de volta... Mas, mesmo assim, foi a melhor festa “oficial” de Desenho Industrial que participei, fato que contrariou as minhas expectativas negativas referentes à “malfadada” República de onde, certa vez, fugi com meus amigos.
            Bom, a tradução de “Going to Pasalacqua”, realmente, não teve nada a ver com o presente capítulo. No entanto, terá muito a ver com o próximo onde, ao sair da citada festa, encontrei uma menina carente, simplesmente “largada” no meio do caminho.   

3 comentários:

  1. Alê, sobre os tempos bons, vc chegou a assistir o último filme do Woody Allen, Meia noite em Paris? Acho que vc ia gostar... no filme fala-se em algo como "idade de ouro" é sempre aquela passada, que não vivemos. De repente é isso que vc sente: como se tempos passados fossem melhores que esse e tal... mas nem vale a pena pensar assim, pq desse jeito não se curte o presente e tal... mas eu sei que vc guarda boas lembranças daquela festa de DI que vc nos convidou para irmos, né? na tijuca? rsrs abraços alê

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  2. Essa foi a única festa de D.I. que eu fui, rs... incrível, foi tudo muito bom :)
    A noite estava ótima msm, mta coisa acontecendo, mta expectativa por ser a primeira, rs

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